Torcida do Mirassol durante jogo da Série B Marcos Freitas/Agência Mirassol |
Vice-campeão da Série B, o Mirassol vai disputar o Brasileirão pela primeira vez na sua história em 2025. Mas já dá o que falar. O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF-PE), Evandro Carvalho, detonou a presença do clube paulista na elite.
Em entrevista ao canal De Primeira, do jornalista Beto Lago, o dirigente criticou a presença de clubes-empresa na Série A, citando também Novorizontino e Athletic-MG, que vão disputar a Série B em 2025.
Para Evandro Carvalho, deveria existir uma regra para beneficiar a presença de clubes tradicionais e com torcida na elite. Apesar do acesso, o Mirassol teve a nona pior média de público da Série B, com 3.746 pessoas por partida.
"Veja aí, o Mirassol, Série A... Não tenho nada contra o Mirassol, conheço a cidade, mas o que é que danado o Mirassol vai fazer em Série A de Campeonato Brasileiro? Quem é que vai pagar? Quem é que vai investir? Quem é que vai assistir Mirassol jogando Série A? Mirassol não é clube de Série A", disparou Evandro Carvalho.
"Clube de Série A é Flamengo, Corinthians, não sei o quê, não sei o quê, e no segundo escalão, Paysandu, Remo, Santa Cruz, Sport... Eu não tenho nada contra clube de empresário, não, mas deveria ter regra (a favor de clubes com tradição), como tivemos outrora, na época de Ricardo Teixeira. Nós deveríamos ter travas de segurança que fizessem com que a Série A fosse blindada para você privilegiar (clubes de torcida). As pessoas acham isso errado, dizem que é politicamente incorreto, mas eu sou pragmático. Imagina se daqui a pouco eu estiver na Série A: Mirassol, Novorizontino, Atlhetic", continuou.
"Pegue 20 clubes, imagina eu colocar cinco clubes de empresário, que não tem um torcedor, salvo o presidente, a mulher dele, os filhos, a Nora e o papagaio, imagina eu pegar esses clubes todos e botar na Série A. Não existe isso, não é lugar de clube pequeno, não é lugar de clube sem bandeira, sem história, sem tradição, sem um século, não é", completou.
Neste ano, por exemplo, o Mirassol teria a pior média de público do Brasileirão, ficando atrás de Cuiabá e Red Bull Bragantino, únicos times que ficaram abaixo das 6 mil pessoas por partida.
Além do Mirassol, os outros três clubes que subiram para a Série A foram os tradicionais Santos, Ceará e Sport.
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