Secretários e parte da equipe do filme ítalo-brasileiro “Silêncio” se reuniram na tarde da última segunda-feira (27), no Centro Administrativo da Conquista, para tratar sobre as gravações do longa-metragem em Ilhéus. Escolhida para ambientar o filme, a cidade se consolida como importante destino cinematográfico, visto que a produção chega para promover e divulgar as potencialidades turísticas locais.
A pauta do encontro girou em torno do apoio que a Prefeitura prestará para assegurar que as gravações sejam realizadas conforme o planejado. A equipe apresentou as principais demandas, que serão atendidas pela administração municipal, a fim de viabilizar da melhor forma as filmagens a serem realizadas durante o mês de março no distrito de Lagoa Encantada e em outros pontos da cidade.
Por determinação do prefeito Mário Alexandre, as secretarias estão mobilizadas para dar suporte às filmagens. “Uma produção importante que fomenta a indústria do cinema nacional. Estamos à disposição para auxiliar nesse trabalho, que sem dúvida vai alavancar ainda mais a atividade turística da nossa cidade”, destacou Mozart Aragão, secretário da Casa Civil.
Participaram da reunião, o secretário de Serviços Urbanos, João Aquino; o secretário de Cultura, Geraldo Magela; o superintendente de Comunicação Social, Emenson Silva; o diretor-geral da Autarquia de Transporte e Trânsito, Valci Serpa; além da diretora de produção, Camila Machado; da produtora de platô, Juliana Calles; e da primeira assistente de produção, Taís Bichara.
Sobre o longa-metragem
Dirigido pelo cineasta baiano Henrique Dantas, Silêncio conta a história de Tuã, representado por Fabrício Boliveira (“Faroeste Caboclo” e “Simonal”), um médico oncologista pediátrico que foi radicado na Europa aos três anos de idade junto com sua mãe, a qual virá a cometer suicídio no tempo atual.
Em contrapartida, sua avó Sina, que é interpretada por Helena Ignez (“Cara a Cara” e “Bandido da Luz Vermelha”), ainda mora no Brasil e vive com seu avô Horácio, atuado por Antônio Pitanga (“O Pagador de Promessas”). Horácio é cadeirante e sofre de Mal de Parkinson, enquanto que Sina descobre um câncer, fato que motiva o protagonista a retornar ao seu país natal.
“Ilhéus guarda particularidades que têm muito a ver com a infância vivida pelo Henrique Dantas. Então, essas coisas são muito presentes, a paisagem, a relação com a fazenda e a Lagoa Encantada. A gente também traz o contraste entre o inverno europeu e o cenário de Mata Atlântica, beira de praia. O filme fala de morte, mas também de resgate dos laços familiares”, explicou Camila Machado.
O longa-metragem é fruto de uma cooperação entre as produtoras brasileiras Hamaca Filmes e Muiraquitã Filmes com a italiana La Sarraz Pictures. A narrativa, que engloba assuntos diversos em sua construção como a ditadura militar no Brasil, perda de entes queridos e misticidade, promete refletir sobre a morte e suas nuances, bem como os aprendizados que a experiência com a mesma traz.
Além disso, o diretor Henrique Dantas destaca a possibilidade de voltar a sentir em um período pós-pandemia, com a dessensibilização do personagem Tuã sendo a representação de um fenômeno social.
Ilhéus que já foi berço de grandes produções como “Gabriela”, famoso romance de Jorge Amado, mais uma vez recepciona produtoras, diretores e atores que buscam uma ambientação rica em detalhes.
Fonte: Ilhéus-24
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