Presidente brasileiro se reúne com colega russo, Vladimir Putin, no dia em que se especula que ataque a Kiev deve acontecer
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
Em primeiro lugar, é importante lembrar que a viagem já estava marcada. Porém, ainda que Bolsonaro não tivesse como saber que esta seria uma semana decisiva na história recente da Europa, ele foi aconselhado a abrir mão da viagem.
O presidente brasileiro, no entanto, manteve o cronograma sob a justificativa de que as relações comerciais com a Rússia são estratégicas para setores como agronegócio e energia.
Ainda assim, a sequência de recados dos Estados Unidos contra a visita de Bolsonaro neste momento sugere que a fatura deve ser cobrada em algum momento.
Isso porque a presença do brasileiro na região, sem uma visita a Kiev, tende a ser vista como um apoio às exigências russas de evitar a entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e para resolver a questão dos separatistas no leste do país.
Há duas semanas, questionado sobre a visita de Bolsonaro a Moscou, o Departamento de Estado norte-americano indicou que o Brasil teria a "responsabilidade de defender os princípios democráticos e proteger a ordem baseada em regras, e reforçar esta mensagem para a Rússia em todas as oportunidades".
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A agenda de Bolsonaro na Rússia
Bolsonaro chegará nesta terça-feira à noite a Moscou e deve seguir direto para o hotel. Ele e a comitiva entrarão na bolha anti-covid do Kremlin. Na quarta-feira (16), o brasileiro deve se reunir com Putin.
O encontro, no entanto, se dará em meio a uma possível invasão. Segundo a rede CNN, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi informado que de quarta-feira (16) será o dia do ataque, fazendo referência às movimentações russas na região.
Antes, porém, se a invasão não ocorrer, Bolsonaro deve depositar uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, no Jardim de Alexandre, ao lado do Kremlin.
Depois, os presidentes russo e brasileiro se encontram e participam de um almoço mais ampliado com a comitiva. Entre os ministros, estarão presentes o chanceler Carlos França, Walter Braga Netto (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Haverá também eventos paralelos, como o encontro de Braga Netto e França com seus homólogos. Diplomatas envolvidos na viagem acreditam que durante essas reuniões o tema da Ucrânia deverá ser explorado mais do que na conversa entre Putin e Bolsonaro.
Temas predominantes
Se uma guerra não estivesse prestes a acontecer, o tema predominante da agenda seria fertilizantes, já que a Rússia é líder mundial no setor. A ideia é que o Brasil estabeleça um contato mais permanente para garantir o fluxo ao país.
Os russos também deverão assinar a intenção de compra de uma fábrica de fertilizantes da Petrobras, para formalizar a parceria. No caminho inverso, o Brasil exportou soja e outros produtos básicos, somando US$ 1,6 bilhão no ano passado.
Outro campo que, pelas circunstâncias, ganha destaque é o da defesa. Haverá um encontro com integrantes das três Forças e do Ministério...
Fonte: Google
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