Entre sucessivos erros e baixa qualidade nas competições, perda de credibilidade entre dirigentes de Ligas e Clubes e gestão “interminável e retrógrada” fazem FBF perder prestígio com torcedores
A coleção de fracassos de renda e público nas competições organizadas pela FBF (Federação Bahiana de Futebol), que caiu de 6° para o 9° na atual gestão, aumentou ao fim da Série B deste ano com incrível média de apenas 984 pagantes e renda média de apenas R$ 15.764,18 nos 22 jogos realizados entre 14 de abril e 9 de julho. O Jequié teve um público total de 11.760 pagantes nos jogos em que foi mandante, o que representou 54,30% de todos os ingressos vendidos na competição, ou seja, a média de torcedores no estádio Waldomiro Borges (2.352) foi mais que o dobro das outras 4 equipes.
Em duas partidas, que tiveram como mandantes Atlético de Alagoinhas e Cajazeiras, o publico foi de apenas 58 pagantes cada uma. No jogo de Alagoinhas, a renda foi de R$ 580,00, o dobro da partida em que o Cajazeiras foi mandante: R$ 290,00.
A arrecadação total nos 22 jogos foi de R$ 346.812,00, uma média de apenas R$ 15.764,18 por partida, o que representa apenas o pagamento de 3 jogadores de cada elenco dos 5 clubes que participaram da competição. As despesas somaram R$ 185.227,03, ou seja, 53,4% de toda a arrecadação dos jogos.
Das 5 equipes, 3 tiveram prejuízos, o que não aconteceu, mais uma vez com a Federação, que colocou nos cofres R$ 17.340,60.
O clube com a maior perda foi o Teixeira de Freitas que, ao final do Baiano Série B, ficou no vermelho em R$ 19.656,75, seguido do Cajazeiras com R$ 10.388,31 e, finalmente, o Atlético de Alagoinhas com negativo de R$ 5.053,99.
O Colo-Colo, de Ilhéus, teve renda liquida que apenas R$ 734,15, o que com certeza foi muito menor do que as despesas do time na competição.
O campeão, o Jequié, teve renda líquida de R$ 192.315,09 (ou seja, 55,45% do total dos 22 jogos), graças à partida final que vendeu 3.040 ingressos e proporcionou uma arrecadação de R$ 90.300,00.
Na partida de ida da final, o Cajazeiras conseguiu adquirir e distribuir centenas de ingressos, o que melhorou a média de público na Série B. Porém, não foram ao estádio Roberto Santos todos os 2.400 torcedores.
Já a Federação, que não paga quadro móvel, arbitragem, policiamento, lanche e outros itens – tudo sai da renda de cada jogo – recebeu R$ 17.340,60.
Problemas
Além do fato de às vésperas do Campeonato o Ypiranga desistir da competição, a Série B foi disputada por 5 equipes, metade dos times de Alagoas e Pernambuco, ficando de fora por ter a certeza do prejuízo equipes tradicionais equipes como Camaçari, Feirense e Juazeiro.
Por um detalhe, o Colo-Colo não levou WO. A falta de apoio da FBF é a razão da redução drástica de equipes na Série B, como também no Intermunicipal, que tem hoje o Congresso Técnico e deve contar com aproximadamente 60 Seleções, que participam porque as Prefeituras financiam.
A atual gestão “administra” a FBF há 17 anos sendo uma das mais longevas do Brasil.
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