Foi “debaixo d’agua” que a Chapecoense protagonizou momentos inesquecíveis de sua história recente. Acesso à Série C, classificação na Sul-Americana, virada na Libertadores da América. Ao que tudo indica, o tempo chuvoso dá um ânimo a mais ao Verdão. O GloboEsporte.com listou cinco vezes que a chuva foi personagem presente na história da Chape.
Chapecoense x Zulia - 6ª rodada do Grupo 7 da Libertadores (23/05/2017)
Chuva, neblina e a Chape com pontos perdidos em julgamento feito pela Conmebol. Uma combinação que deixou muito torcedor no conforto de sua casa, mas longe de um espetáculo memorável de futebol. Em busca de uma vaga na Sul-Americana, o Verdão precisava de uma vitória em cima dos venezuelanos, mas saiu atrás do placar.
O time pressionou, colocou três bolas na trave, esbarrou no goleiro adversário em noite inspirada, e apenas aos 45 minutos da etapa final conseguiu empatar. O resultado ainda deixava a Chape longe da conquista de seu objetivo. Os jogadores não se entregaram de maneira alguma e um minuto depois conquistaram a virada em cabeceio de Andrei Girotto. Para enlouquecer a torcida que apoiava o time após um jogo difícil, repleto de ansiedade e pressão.
Chapecoense 3 x 0 Junior Barranquilla - Quartas de final da Sul-Americana (26/10/2016)
Uma partida memorável do time que mais tarde conquistaria o título da Copa Sul-Americana. Debaixo de muita chuva e com uma Arena Condá lotada, a Chape simplesmente não tomou conhecimento dos adversários colombianos. Depois de empatar o jogo de ida em 1 a 1, o Verdão foi para cima e já no primeiro tempo abriu grande vantagem.
A chuva começou a cair antes da partida e mesmo assim, a torcida não saiu da Arena. Foi uma das últimas apresentações daquele time no estádio.
Chapecoense x Araguaia - Quartas de final da Série D (27/09/2009)
O jogo que colocou a Chape na Série C. Após vencer o jogo de ida por 2 a 1 fora de casa, até mesmo uma derrota por 1 a 0 garantiria o acesso do time. Foi justamente o que aconteceu. O jogo foi muito prejudicado pela chuva e não se viu um grande espetáculo. O ponto alto da partida aconteceu aos 25 do primeiro tempo, quando uma chuva de granizo obrigou uma pausa de dez minutos.
No recomeço, a Chape sofreu um gol típico de jogos com chuva. Bola na poça, um chuta, o outro rebate, atacante cai, e a rede balança. Um tento que preocupou mais a torcida do que uma nova tempestade de granizo. Mas no fim, alviverdes puderam comemorar o acesso à Série C e o primeiro passo para chegar onde está hoje.
Chapecoense 1 x 0 Internacional - 35ª Rodada do Brasileirão (19/11/2015)
A permanência da Chape na Série A e a resposta à Argel Fucks. O treinador colorado estava entalado na garganta do torcedor verde e branco. O técnico havia prometido, quando ainda comandava o Figueirense, que largaria o futebol quando perdesse uma partida para Sandro Pallaoro (Presidente da Chapecoense na época). O Verdão venceu, mas Argel segue até hoje na modalidade.
O jogo iniciou com atraso de 50 minutos função de uma queda de energia causada pela chuva. O espetáculo não foi dos melhores, mas o Verdão venceu por 1 a 0, com gol de Ananias. Com a vitória, a Chape chegou aos 46 pontos e praticamente garantiu sua permanência na elite do futebol brasileiro naquele ano.
Velório coletivo após a tragédia da Colômbia - (03/12/2016)
Infelizmente um episódio que nunca será esquecido. Não houve competição, nem show, nem futebol. As traves estavam recolhidas, as bandeiras de escanteio não tremulavam. Na arquibancada, as gotas de chuva se misturavam às lágrimas dos presentes. O campo que foi palco de muitas alegrias, também foi da despedida de um time inesquecível, que deu a vida para trazer a mais importante taça na história do clube. Ao todo, 51 vítima fatais, entre jogadores, dirigentes, convidados e jornalistas foram velados sob toldos dispostos no gramado.
Curiosamente, foi uma das vezes que o gramado da Arena Condá mais esteve molhado. O sistema de drenagem do estádio foi incapaz de evacuar tamanha quantidade de água. Na noite da tragédia da Colômbia, também foram registrados pontos de alagamento na cidade de Chapecó.
* Com informações de Letícia Sechini, pesquisadora da história da Chapecoense.
Fonte:GloboEsporte.com/sc
PUBLICADO POR: JOÃO VITOR.
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