Leonardo Pìsculichi, meia argentino de 32 anos, desembarcou quarta-feira em Salvador. Nesta quinta-feira, 12, apresentou-se ao seu novo clube, o Vitória.
Nos últimos três anos, ele defendeu o River Plate, tradicional equipe de seu país. Em 2014, foi destaque. No ano seguinte, não teve o mesmo brilho. Já em 2016 foram só oito partidas como titular. Pisculichi não joga desde julho, quando deixou o River. Na época, declarou à imprensa argentina: “Saio porque quero ter mais chances como titular”.
Porém, chegando ao Leão, ele dá de frente com uma concorrência pesada, também recém-contratada: Dátolo, outro argentino de 32 anos, e Cleiton Xavier, de 33. Os três são meias ofensivos e possuem talento apurado. Têm ainda em comum um currículo extenso e, por outro lado, um histórico recente ruim, além de idade um tanto avançada para um jogador profissional.
Pisculichi, antes de perder espaço, virou ídolo do River em 2014 ao marcar o gol que derrubou o arquirrival Boca Juniors na semifinal da Sul-Americana (triunfo por 1 a 0 após empate em 0 a 0 no duelo de ida). Na final, contra o Nacional da Colômbia, voltaria a ser destaque. Na ida, marcou no empate por 1 a 1. Na volta, deu as duas assistências na vitória por 2 a 0. Em 2015, o meia seria campeão da Libertadores, mas sem protagonismo. Só foi titular em seis dos 14 jogos.
Já Dátolo, ex-ídolo do Boca Junior (2006-09) e do Inter (2012-13), foi destaque do Atlético-MG em 2014, quando conquistou a Copa do Brasil, e em 2015. Porém, em 2016, passou metade do ano parado devido a lesões. Cleiton, por sua vez, ganhou renome no Palmeiras em 2009. Em julho de 2010, foi para a Ucrânia, onde virou ídolo do Metalist. Regressou em abril de 2015, mas sem repetir o sucesso. Envolto em contusões, fez, naquele ano, 27 jogos, somente quatro como titular. Em 2016, das 65 partidas do Palmeiras, fez 35, 18 como titular.
Apesar do histórico, Cleiton defende o trio como titular. “Físico não será problema. Um bom exemplo foi ano passado. Joguei ao lado de Zé Roberto [42 anos]. Eu, Dátolo e Pisculichi podemos atuar juntos. Uma vez o treinador querendo e os jogadores tendo qualidade, não vejo por que não”.
A questão é o treinador do Vitória, Argel Fucks, querer. Em 2016, ele atuou com um meia ofensivo e três atacantes. Para a experiente trinca poder atuar junta em 2017, um atacante teria de sair para dois meias serem escalados. Além disso, um jogador da trinca precisaria atuar mais à frente. Para Pisculichi, não seria problema. Foi assim que ele brilhou na Sul-Americana de 2014.
Já no que depender do preparo físico, Dátolo reforça: “Estou feliz e muito bem fisicamente. Vou me preparar física e psicologicamente para que o ano de 2016 não se repita”.
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