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| Sandra Oliveira. Imagem: Revista Fórum. |
Por meio do Centro Acadêmico Professor Ruy Póvoas, os estudantes do curso de letras da UESC emitiram no sábado (28) uma nota sobre o assassinato da estudante de pedagogia Sandra Oliveira, vítima do marido Jefferson Amaral de Carvalho.
Sandra era estagiária de uma escola privada de Ilhéus e fazia parte do Partido dos Trabalhadores. Segundo os estudantes, ela foi vítima da “ideologia arcaica e milenar que coloca o masculino em posição de superioridade em relação ao feminino”.
“Nós estamos de luto e esperamos por justiça, mas seria negligente acreditar que apenas o luto e a justiça legal acabarão com o feminicídio”, diz o texto. Leia a íntegra.
“O Centro Acadêmico de Letras deseja força aos familiares e a todas as pessoas do círculo de relações da nossa colega de pedagogia, Sandra Oliveira, do sexto semestre, brutalmente assassinada pelo seu marido.
A violência doméstica, precisamente a violência contra a mulher, tem altos índices no nosso país, ela é motivada por uma ideologia arcaica e milenar que coloca a o masculino em posição de superioridade em relação ao feminino, em outras palavras, ela garante socialmente poder ao homem e subjugação à mulher. Esse pensamento faz com que muitos homens, maridos e pais se sintam na posse das mulheres, determinando como elas devem se vestir, usar o seu salário ou para onde devem ir. Essa é uma cultura de violência contra a mulher, quer seja violência simbólica, psicológica ou física, onde o objetivo é inferiorizar a mulher, tomar posse dela, de seu corpo e de seus direitos, subjugá-la ao homem.
Nós estamos de LUTO e esperamos por justiça, mas seria negligente acreditar que apenas o luto e a justiça legal acabarão com o feminicídio.
Nossa função social, enquanto estudantes de licenciatura, é a da luta na sala de aula, em casa, na rua e na política – ainda em outros espaços – pela construção de uma sociedade que emancipe suas mulheres, que defenda a diversidade religiosa, de gênero e sexual.
Em luta e de luto,
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