A Rainha Ranavalona I, também chamada de Ranavalona, a Cruel por alguns historiadores europeus, governou Madagascar de 1828 a 1861. Seu reinado foi um dos mais longos e mais intensos da história do país, marcado por resistência ao colonialismo europeu, reformas severas e medidas brutais para manter o poder.
Início da vida
Ranavalona nasceu como Ramavo, pertencente a uma família nobre. Ela entrou para a história quando o rei Andrianampoinimerina a adotou após o pai dela denunciar uma conspiração contra o monarca. Como forma de gratidão, o rei prometeu que Ramavo se casaria com seu filho e herdeiro, o príncipe Radama.
Quando Radama I se tornou rei, Ramavo virou uma de suas esposas oficiais, mas não era considerada sua favorita. Mesmo assim, ela permaneceu próxima da corte.
Ascensão ao trono
Quando Radama I morreu em 1828, muitos esperavam que outro príncipe herdasse o trono. Porém, Ramavo agiu rápido, conquistou o apoio dos militares e assumiu o poder com o nome de Ranavalona I. Para garantir o controle, mandou eliminar opositores e rivais — algo comum na política do período.
Seu reinado
O governo de Ranavalona pode ser dividido em três grandes características:
1. Resistência ao colonialismo europeu
Ela temia que França e Inglaterra tomassem o controle de Madagascar. Por isso:
Expulsou missionários estrangeiros,
Rompeu acordos com europeus,
Reforçou a identidade e as tradições malgaxes.
Esse isolamento evitou o domínio colonial por décadas, embora tenha trazido conflitos com europeus.
2. Controle rígido e punições severas
Ranavalona adotou políticas duras para manter a ordem:
Usava a tangena, um teste de veneno para julgar crimes (muitos inocentes morreram),
Impôs trabalho forçado para construir estradas, palácios e fortalecer o exército,
Punia com violência qualquer suspeita de traição.
Por isso, ganhou fama de cruel, embora parte do que se conta sobre ela seja exagero europeu.
3. Fomento à cultura e independência local
Ao mesmo tempo, ela:
Incentivou artesanato, agricultura e comércio interno,
Reforçou as tradições malgaxes e rituais ancestrais,
Protegeu Madagascar da dominação externa por mais de 30 anos.
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Fim do governo e legado
Ranavalona morreu em 1861, deixando um grande impacto:
Positivo: conseguiu manter Madagascar independente durante toda sua vida, algo raro na África daquela época.
Negativo: seus métodos duros causaram sofrimento e tensões internas.
Hoje, sua figura é vista de forma dividida:
Para alguns, foi uma protetora da soberania malgaxe;
Para outros, uma governante tirânica e cruel.
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